Eu já tinha ficado ESPANTADO com o robô que AJUDA as pessoas a tirarem fotos no casamento – e AJUDAR aqui tá até forçado, porque é um truvisco com rodas e um tablet no qual o próprio modelo deve clicar sua selfie e postar ou enviar ou afim, ou seja, o robô mesmo faz é pouco… – mas agora a coisa ficou mais séria.
FICOU ???
Vamos aos fatos:
Um pesquisador – sempre eles, esses danados! Mais nada pra fazer não? [contém IRONIAS] – resolveu usar seus conhecimentos & equipes & pesquisas pra botar um robô fotógrafo que não só tire fotos, pois essa parte é bem fácil (quem aí lembra do polvo fotógrafo* treinado para o lançamento da Sony Cyber-shot TX30?), mas o sr. Hadi AlZayer, fazendo mestrado, quis ir além e criar um robô que consiga avaliar e escolher boas composições fotográficas.
Pode sim!
Pode e deve, aliás!
Porque estamos em 2022 e isso de levantar bandeira CONTRA tecnologia já eras!
Já em 1839, quando a fotografia foi oficialmente registrada, o pintor Paul Delaroche (1797-1856) declarou a MORTE DA PINTURA. Mas errou feio, como sabemos…
E agora aparece esse maluc… mestrando aí e cria isso:
Mas na verdade esse é só um layout (?), o robô MESMO é mais ou menos assim, ó:
Fato é que o robô não precisa ser BONITO, afinal ele fica atrás da câmera. Importante aqui é o que ele fotografa, ou melhor, COMO ele fotografa. E aí a coisa muda, pois este robô consegue avaliar a melhor composição, ou seja, ele define o plano e enquadramento da foto pro melhor registro dos espaços internos, inicialmente direcionados a usos como Airbnb.
Diz o pai da criança que “cansou” de receber fotos muito ruins e por isso “resolveu” desse jeito.
Mas COMO ele faz isso?
Inicialmente o robô fotógrafo faz uma “varredura” do espaço, o que parece relativamente simples, pois seu layout “feio” ajuda: se movimenta com rodas, identifica obstáculos como paredes e no chão, e ali em cima tem uma câmera com grande angular que vai registrando.
E num segundo momento ele “decide” as melhores composições, o que, pelos exemplos divulgados, parece funcionar, saca só:
Ah, vai… são escolhas boas, né não?
Aqui tem uma simulação demo de como ele funciona na prática:
E aqui como funcionaria de verdade:
E como se não bastasse, são pesquisadores e inventores extremamente jovens (oh, novidade… hahaha), olha o time principal:
E aqui estamos nós, em pleno 2022, cheios de câmeras nos bolsos em nossos super smartphones que já são bastante smart, câmeras escondidas privadas e públicas de todo lado, câmeras fotográficas default em todo computador e tablet que se preze, mas também vendo algumas iniciativas de fotografia alternativa, outras com foto analógica (que uma galera diz que NÃO MORREU – e eu assim espero…), mas também precisamos lidar com robôs que já fazem composição, fotometria, envio de imagens… EITA concorrência, hein?
Não, eu NÃO acho que isso é algum tipo de AMEAÇA aos fotógrafos em geral, então vamos nos tranquilizar. Mas enquanto a gente se tranquiliza precisamos seguir ligados nessas novidades (esse robô aí parece que foi lançado em dez/21, quase ONTEM) e nas várias outras que vêm por aí. Eu mesmo não me sinto preparado pra entender tudo isso, mas considero todas iniciativas válidas – porque eu sou otimista hehe…
E enquanto a gente aguarda o próximo lançamento mucho lôco de robôs & outras tecnologias fotográficas, bora relembrar o Rambo (ô nome!), o primeiro polvo fotógrafo da história:
Boas leituras e bons clicks!
Mais informações:
- divulgação da Universidade Cornell [inglês]
- reportagem com foco nas técnicas e tecnologias envolvidas [inglês]
- post em português dos amigos da iPhoto Editora