A gente já falou aqui no nosso blog, lá no início, sobre quem se perdeu no calendário? Afinal, a história da fotografia é meio que uma BAGUNÇA.
Não é por mal, claro, nem por falta de pesquisadores sérios e dedicados, mas o fato é que naquela época, revolução industrial PEGANDO, era um tal de DESCOBERTAS PRA CÁ E PRA LÁ, o 4G ainda não tava BOMBANDO e muita coisa acabava se repetindo ou se perdendo nos registros, e por aí vai…
Além disso, muitas invenções eram inventadas – com o perdão da redundância – em diferentes lugares do mundo, mesmo que em tempos próximos, o que TAMBÉM bagunça a história da fotografia.
Já falamos inclusive aqui no nosso blog, sobre o INVENTOR (QUASE) BRASILEIRO da fotografia, história essa levantada pelo professor, fotógrafo e pesquisador Boris Kossoy, que já no título dá uma boa ideia do seu entendimento sobre a invenção do pintor francês que escolheu ficar no interior do Brasil:
Hercule Florence: a Descoberta ISOLADA da Fotografia no Brasil.
E por que ISOLADA?
Porque enquanto os principais inventores estavam lá na Europa, aqui no interior do Brasil, em Campinas/SP, este cara fez MILAGRES já em 1832, bem antes do fatídico 19 de agosto de 1839 – que se convencionou como o Dia Internacional da Fotografia. Foi inclusive o Florence quem criou e usou pela primeira vez o nome FOTOGRAFIA, conforme demonstrou Kossoy estudando os registros do francês, olha que beleza.
Ainda tivemos outras como o sócio do Daguerre, o inventor Joseph Nicéphore Niépce, responsável pela primeira fotografia da história (da janela do seu estúdio-laboratório). Dizem, aliás, que esta primeira foto foi “sem querer” e que não agradou ao seu autor pois iluminava a cena para os dois lados, sendo que o sol só ilumina para um dos lados.
Isso seria um “erro” técnico, pois (dizem também, só tô repetindo fofoca aqui, lamento – ou APROVEITE) a foto teria sido feita em algumas (seis? oito? quem sabe???) HORAS, e o sol se moveu e iluminou os dois lados.
E ainda tivemos outros inventores, como o Fox Talbot, na Inglaterra, com outros processos mas resultados parecidos, porém sem o “registro oficial”, ou seja, a PAPELADA ASSINADA E VALIDADA, que veio só em 19 de agosto de 1839 pelo amigo Daguerre, que é conhecido como o Pai da Fotografia com sua máquina, que, claro, está no nosso jogo (como a PRIMEIRA carta, claro também), olha só:
Porém, antes desse 19 de agosto, dia em que foi feita uma apresentação oficial para registrar a invenção no nome do Louis Daguerre – com o nome de DAGUERREótipo, ô ego! – em 6 de janeiro rolou uma sessão especial para um grupo de convidados, e desta reunião rendeu a primeira notícia sobre fotografia, esta aqui:
Eu não entendo francês, mas o prof. Ronaldo Entler traduziu pra gente aqui nesse artigo (obrigadão!), e eu trago só o início pra dar um gostinho – acho interessantíssimo o esforço do jornalista pra explicar algo novo, MUITO NOVO, meio que sem parâmetros (sempre penso nisso quando tentei explicar pro meu vô, ainda antes dos anos 2000, o que era um computador, e falhei miseravelmente):
Anunciamos uma importante descoberta de nosso célebre pintor de diorama Sr. Daguerre. É uma descoberta prodigiosa. Ela desconcerta todas as teorias da ciência sobre a luz e sobre a ótica, e fará uma revolução na arte do desenho. O Sr. Daguerre encontrou um meio de fixar imagens que vêm se pintar sobre o fundo de uma câmera escura; de tal modo que as imagens não são mais o reflexo passageiro dos objetos, mas sua impressão fixa e duradoura, podendo se transportar para longe da presença dos objetos como um quadro ou uma estampa.
Vai lá ler o texto todo e viaje um pouco no tempo, vale MUITO a pena.
E pra finalizar, veja aqui outros exemplos TRIMMMMASSA de “primeiras fotos” levantadas pelo pessoal da iPhoto Editora.
E no próximo dia 19 comemore, festeje, cante parabéns, jogue Super Clicks, faça teus clicks e leia livros! Boas leituras e bons clicks!