Click Literário

Ideias, histórias & umas mentiras sobre fotografia

Parabééééns para o livro, nesta data queriiiiida…

Era uma vez um alemão teimoso – PLEONASMO – chamado Johannes Gutemberg, você já ouviu falar dele, CERTEZA, e vamos chamá-lo aqui de titio Gutemberg, e ele andava chateado com uma história de que pra copiar outras histórias e distribuir por aí era necessário que um escrivão escrevesse – PLEONASMO DE NOVO MESMO SABENDO QUE O CERTO SERIA copiasse – a história “original” em uma cópia, que seria copiada em outra cópia, e depois pra outra cópia, copiando e copiando e assim por diante. Tali o estagiário sênior no seu trampo:

https://www.britannica.com/biography/Johannes-Gutenberg

Sim, faz tempo isso.


Era um tempo quando não existiam gráficas, máquinas de impressão, impressoras quaisquer, essas coisas… Não existiam, mas estavam nascendo.

Titio Gutemberg, o pai da imprensa, juntou duas tecnologias já existentes à época – ISSO NÃO É PLEONASMO, EU ACHO, PORÉM É MEIO ILÓGICO PORQUE NÃO IA USAR UMA TECNOLOGIA INEXISTENTE MAS ENFIM. Época essa, a propósito, ali por 1500, pra arredondar e facilitar a lembrança, e as tecnologias que ele juntou eram uma prensa e uns carimbos bonitos pra montar um carimbo grandão numa folha inteira de cada vez. Esses carimbos chamados tipos, umas letras, com os quais se podia “carimbar” um papel, Ó O PLEON…

Tipo um Lego de letras grandes o suficiente pra aparecer numa página:

Ilustração de “Johannes Gutenberg imprimindo a primeira folha da Bíblia” STEFANO BIANCHETTI (GETTY)


O pulo do Gutemb…, do GATO, DO GATO é que esses tipos, as letras, podiam ser reaproveitados. Surgia assim a prensa de tipos móveis, o que facilitou, agilizou e barateou a cópia de livros, e isso é conhecido como “surgimento da imprensa”, marco da humanidade, das comunicações, da distribuição de informação mundo afora – pra tu ver o TAMANHO da revolução.


Conta-nos o jornalista Felipe Lindoso, sobre uma biografia do Gutemberg:

– O processo de “invenção” da tipografia foi extremamente complicado. Gutenberg foi o primeiro – e aí está a raiz de tudo – a conceber um processo viável e simples de fundição de tipos. As tentativas anteriores de impressão incluíam tipos de madeira, cerâmica e a impressão em blocos de madeira, como xilogravuras, com os textos desenhados. O tipo móvel é a primeira e a mais fundamental das descobertas de Gutenberg. Ele inventou uma espécie de portador dos moldes que permitiu a fabricação rápida dos tipos de impressão a partir de uma patriz (escultura das letras em punções com instrumentos de ourives). Essas punções eram aplicadas em uma barra de cobre, criando as matrizes. Como o golpe deformava a matriz, era necessário retificá-las (outra habilidade de ourives) e daí se tinha uma matriz final. Essa, usando o tal fundidor de tipos, gerava os caracteres necessários para a impressão. Só para a impressão da B-42, Gutenberg fundiu cerca de dois milhões de tipos, de 290 formatos. Esse processo necessariamente tinha que ter muita precisão, para que os tipos pudessem se alinhar e se ajustar entre si. Para isso, também se fundiram ligaduras (combinações de letras, como o Æ), sinais de pontuação, etc.



Aliás, aqui o museu do cara – o Gutemberg, não o prof. Lindoso (aliás, baita nome!) – Gutenberg-Museum na cidade de Mainz (uma controvérsia, pois não foi ali a invenção propriamente dita, mas enfim, deixa eles).

Aliás de novo, dizem que o SUCESSO do Gutemberg só foi possível por causa de outro alemão, titio Martinho Lutero, que queria traduzir e publicar a Bíblia para que os fiéis pudessem ler e interpretar diretamente, o que só foi possível com a prensa do Gutemberg, e uma coisa ajudou a outra.

Aqui o trailer do filme que fez baita sucesso aqui no Brasil:

Aqui umas várias atividades trimmmmassa de comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante

E aqui o museu do tio Lutero, porque alemão é organizado e adora um museu, claro!

Mas por que falamos disso?



Porque nesse dia 29 de outubro comemora-se o Dia Nacional do Livro, e claro que o livro brasileiro só foi possível por causa desses alemão aí, obrigado ou Vielen Danke, se preferirem.

Aliás, devemos o início da nossa imprensa, ou seja, nosso mercado gráfico, ou seja, quem efetivamente imprime livros no Brasil, a outros europeus, os da família real portuguesa, que veio (eu ouvi um fugiu?) pra cá em 1808 e criou a Imprensa Oficial.

Então esse post é um registro dessa data tão nobre do tão mal tratado livro brasileiro. Este mesmo que embora já caro por uma série de razões (preço dos equipamentos gráficos e suprimentos como papel, tinta etc., além da logística de transporte, armazenamento e entrega final, e mais mil coisa & custo aí no meio, meio esse do qual os autores pouco recebem…), ainda possibilita olhares enviesados para que se aumentem seus impostos, eeeeeeita coisa bem séria.

Enfim, registramos essa data importante porque amamos livros e, mais ainda, FOTOLIVROS, porque juntam duas coisas maravilhosas. O fotolivro tá em alta no Brasil e no mundo, mas também nesse segmento (certo isso?) vemos as dificuldades de todo o comércio livreiro nacional: custos altos, dificuldades logísticas e tal e tal… Aliás, bateu UMA SAUDADE daqueles eventos de foto com exposição e venda de fotolivros, pra gente encher os olhos, conhecer uns autores, trocar umas ideias e voltar pra casa com a mochila BEM MAIS PESADA.

Bora então comemorar o livro brasileiro neste 29 de outubro de 2022, vida longa ao livro brasileiro, vida longa à leitura no Brasil!

Bons clicks e boas leituras!

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